domingo, 24 de junho de 2012

Equilíbrio

Estado
sustentação
ideias empiricamente comprovadas
Forças opostas em disputa
Energias da existência confrontadas: o centro, o riso, a seriedade, o descentramento, a fé, a ilusão, a dúvida. Embates não dicotômicos, mas caoticamente organizados por uma lógica pré-determinada, disfarçadamente assumida.

Fomos ao mundo, cantar nossos hinos, escrever nossas histórias, contar nossas experiências e provar dos sabores e dos amores, mastigando novas perguntas.

Hoje o sol se ergueu diferente e se pôs ao contrário. Tive medo do tempo e dos desejos esquecidos. Tive fome do ar e do cheiro das coisas, tive rompantes de crença e chorei com as lembranças. Lembranças vividas e lembranças pretendidas. Quis ouvir nossas vozes que soavam desatinadas, quis rir das ideias e estender a toalha sob a areia desfeita, ouvindo a poesia do mar e os burburinhos das conchas.
Olhei pela janela e me perdi na silhueta do vento. Fechei os olhos e respirei por um momento o mundo da vida. Revivi a ideia da amarelinha e pude recordar um sentido de equilíbrio, uma doce sensação de forças em disputa, um estado de sentidos.

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