Costuma-se pensar sobre tanta coisa e, em meio a tantos pensamentos e leituras , surgiu uma questão, que parece bastante pertinente, "O que é modernidade?" Mais do que um estilo, um costume de vida ou organização social que emergiu da Europa, a partir do século XVII e que se tornou praticamente mundial. Esse período denominado “moderno” pode ser cogitado como o desenvolvimento e intensificação das descobertas científicas, assim como a autonomização e a fragmentação das ciências, a partir de métodos sistemáticos, envolvendo grandes trasnformações econômicas, sociais e políticas. Os modos de vida produzidos também foram alterados pelo desenvolvimento das instituições modernas.
Com o advento da modernidade tudo mudou, o mundo ficou mais rápido, mais caótico no que diz respeito, a tentativa de manter o sistema sob controle, no entanto, a modernidade é caracterizada, segundo Antony Giddens, pelo fato de que não se compreende todos os eventos, o que resulta em uma sensação de as coisas estarem de uma certa forma fora de controle. Para Marx, a modernidade está associada ao nascimento da burguesia e ao declínio do sistema feudal, sendo o capitalismo a força que modela o mundo moderno.
Mundo esse que é muito curioso, afinal quando analisa-se de perto, apenas um desses sutis mo(vi)mentos da modernidade, percebe-se que é mais que um período em nossos livros de História. Com isto, quero conduzir a reflexão a um ponto crucial dos tempos modernos: a Confiança. Sim, isso mesmo, a confiança. Pode parecer que isso não faz sentido, afinal vivemos em mundo em que não se pode confiar em ninguém, mas se lembrarmos de quanto somos dependentes de sistemas que estão fora do nosso campo de conhecimento veremos que, isso tem um fundo de sentido. É interessante, pois outro dia estava refletindo sobre como não domino a forma como funcionam efetivamente o avião, o carro ou o ônibus (tão presente na minha vida) e, mesmo assim, não exitamos em embarcar em algum desses veículos símbolos da nossa luta contra o tempo. O mesmo acontece quando vamos ao médico, ao dentista, ao mecânico, não é que se confie cegamente, mas costumamos ter automatizado o sentimento de que tal sistema não pode falhar justo com a gente. E não falo apenas da física ou da matemática envolvida, mas também da mecânica, das condições climáticas, da capacidade do profissional que ocupa um lugar porque alguém disse que ele poderia ocupar e, nós, na maioria das vezes desconhcemos as origens e capacitações desses "alguéns", mas tudo bem, confiamos mesmo assim. Afinal é necessário, essencial para a sobrevivência em meio a um mundo que anda rápido demais. As decisões precisam ser tomadas e como já diziam por aí "tempo é dinheiro", por isso decida-se logo e, na pior das hipóteses, conte com a sorte.
É, é assim mesmo. Corre-se riscos, esperando que as pessoas e os sistemas "funcionem" como devam funcionar. É mais ou menos isso que vivemos diariamente, afinal a partir do momento que acordamos nesse mundo estamos expostos a fragmentação do conhecimento, das ciências e dos indivíduos que, seguem em um ritmo acelerado rumo aos limites do progresso e das consequências de todo o caos gerado pela própria modernidade.
Assunto para se pensar. No entanto, inesgotável, tendo em vista todas as leituras possíveis e pesrpectivas a se considerar.
Jamais algum poeta
ResponderExcluirteve tanto pra cantar
num pedacinho de terra,
belezas sem par.
Que bom ter um lugar especial para viajar nas letras, escrevi pedacinho do poema deste poeta o Zininho que começa com a letra " Z " que eu gosto muito.
Quem sabe novos poemas estarão surgindo neste blog ?
Paulo
Concordo com você. E na verdade é do ser humano confiar ou não nas pessoas sendo ou não obrigado a isso.
ResponderExcluirÉ meio complexo na verdade :/
Você fala bem em Suzi, hIUAHIUAHAIHAIAHAUH
Se eu lesse isso de um outro lugar acharia que foi tirado de um livro, muito bom mesmo.
(gui)
Acredito que nomear certos períodos da humanidade faz parte do ser Humano, apesar de acreditar que a modernidade é uma profunda evolução do Homem desde os "tempos da caverna" tudo já é moderno desde sempre! O amanhã será moderno o hoje não será e amanhã logo deixará de ser! Por isso não creio em pós-moderno em moderno e assim por diante. Mas é como a linguagem tão importante sobrevive, tentando teorizar explicar e relacionar tudo.
ResponderExcluir"Modernidade" Animal racional que evolui ao abismo. O Abismo? Já nomearam, vulgo PÓS-MODERNO.
Bê.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir"Animal racional que evolui ao abismo." Vai procardeninho de reflexões...
ResponderExcluirBê.
Uou, que reflexão!
ResponderExcluirPreciso falar mais alguma coisa? Não! Você falou tudo hehe
Beijinhos Suzi.
Gosto da ideia de ambivalência e "marcha adiante" para definir a Modernidade.
ResponderExcluirMuito bom seu texto, Suzi! Beijos =]