quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Dia de Lamiaceae

Acordada, outra vez. Sempre tão graciosa e inesperada.
In-se-pa-rá-vel!
Lamiaceae, um orvalho em dias de inércia. Um cisco nos olhos de quem pensa ver e de quem finge não estar.
Morre de vez em poucos, simples assim. Assume o lugar das incertezas, dá voz aos sussurros intrometidos e como numa doce tempestade, invade as fortalezas dos corajosos, e ao som de melodias que cravam no peito descomplicadamente inebria todo o ser, que cantarola algo sobre as florestas, algo sobre os abismos, um pouco sobre a solidão de ser e outro pouco sobre a dor de crer.


In-con-ce-bí-vel

Não sei porque ainda perdes tempo a decifrar Lamiaceae. Não há respostas, só há perguntas.
Vagas perguntas
Ideias
Ela volta quando quer.
Lamiaceae se diverte, invertendo as estruturas, derrubando os pedestais.
E reconstrói novos caminhos, labirintos.
Ela é toda graça, toda risos.

Enquanto isso, derramo a mim e aos outros:
Desconexas concepções.

A tempestade doce já causa náuseas e a graça já penetrou a carne, já invadiu as artérias e esmurrou os vasos que não aturam, não aceitam, as conexões já não se fazem e os aquedutos saturados depressa vertem, entornam protuberâncias aquosas, sólidas.

Lamiaceae colore sua paisagem.
Com direito a ambiguidades.