domingo, 3 de julho de 2016

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Uma mente que não silencia e que exausta procura um segundo, um milésimo de sentido do exato instante em que submersa se escuta, se pressente.
O minuto presente, o anseio pelo eterno ajeitar das ideias intranquilas e inquietas. As perguntas que miram um percurso que não se pretende definido e que se enluta pelo definitivo, pela bamboleante sensação de que a incerteza não cabe na admissão de um trajeto complementado pelo que se entende para além do que se dúvida, do que não se sente, não se entende.
A tarefa de entrecruzar mundo-ideia-sentido-formato e de sobre e dela viver, constantemente em estado de desacordo, em estado de desalinho.
O árduo propósito de dela se alimentar e propor que a alteridade nela se reconheça, o cansaço por ter o ar como mirante do concreto, do palpável, e por se afastar ao se aproximar do provisório recorte do seu melhor ‘agora’, do seu mais bonito ‘depois’.
Estações de aqui, bom inverno, estimado verão, anúncio metalinguístico do que sempre se pode ser quando se está indo.
Um sabor.
Um espectro.

Um ensejo.


























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