O que mais a gente vê flutuando nas ideias pelos ares?
Uma espécie de forma-pedaço de ser que almado recorda as sutilezas do que fomos, do que nos tornamos e do que poderemos vir a ser neste breve, neste brevíssimo tempo/espaço que nos "intrometemos" a ocupar.
Brincamos, nós, eu, eu quando outro, outro quando eu, tu quando comigo, eu quando com aquele. Brincamos de comer estrofes e de cantar vertigens, de solfejar passagens e de fingir descobertas, de proclamar espetáculos (i.né.di.tos) – Risinhos de contentamento e, se eu quiser, de contentação.
Brincamos ainda de planejar e cultuar pequenas partículas, pequenas, ínfimas pétalas de ser, de estar em tantos e em poucos, de projetar imagens, de provocar imaginações concentradas, compenetradas no olhar de órbitas multiversas.
Devaneamos juntos, evocando e sussurrando ideias divertidas e estonteantes, povoadas de universos paralelos, de pontos, de partes, de oculares (des)(re)vistas.
Ar-dilosa-mente.
Ao meio,
Vertemos poças pingadas em sorrisos levianos e por perguntas dolorosas e vaguezas de lembranças derretemos lentamente como se o tempo já não pudesse compreender que os espectros se projetam em espaços luminosos e obscurecidos pelas próprias vaguezas distraídas.
E nós, aqueles que ainda representados por eu+tu+ele mais todos ou mais poucos ou menos alguns, continuamos a supor que a nossa maneira de brincar de mundo é a mais exata, a mais contável, a mais graciosa.
E continuamos, sem ao menos compreender bem que rituais movem todo esse multiverso das ideias - seres - coisas - sentimentos – vontades, fingimos que inventamos a melhor ideia de mundo e pronto.
Eu grito, se eu quiser.
Eu corro se eu achar melhor.
Lembrei do Leoni:
ResponderExcluir"Eu te imagino, eu te conserto
Eu faço a cena que eu quiser".
Me lembrei de nós, eu-tu-ele-todos. hihihi, muito bom nega.
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