Sorriu com os dentes todos e abriu os braços pro vento.
Atirou-se delicadamente num movimento de ares e decidiu que seria, dessa vez, diferente.
Inspirou profundamente até as pálpebras dos átomos tocarem-lhe saborosamente os volteios dos folículos da epiderme e da derme.
Moveu-se, agitou-se, fez-se de mar revolto em dia de calma paisagem embrutecedora e sorriu.
Tranquilamente
Cogitou ideias e debruçou-se sobre elas, atento, feito infância, feito vento de janela, feito som de nuvem que se invade
e
sentiu o cheiro, o entusiasmado cheiro de mudança, de significações outras e com todo o ar que pôde sorriu, com dentes e tudo.
Isso é o que se chama: êxtase?
ResponderExcluirQue delícia!