sábado, 2 de junho de 2012

Sem-tido!

Decidira somente correr, sair em disparada pra onde lhe desse na cabeça.
Julgara que as respostas estavam desgastadas e cansadas de perguntas pré-programadas pelo script de ontem.
Entendera temporariamente que os movimentos estavam disfarçados de outras ideias e que a superficialidade ganhava corpo diante dos subjacentes propósitos que regiam o movimento.
Decidira então mover-se, deslocar-se de uma ponta a outra, buscando outros dizeres que não corroboram-se com os 'de sempre', com os 'de ontem'.
Que distração interessante...
Mas a busca teria sido mais conclusiva, mais apreciativa, se os olhos tivessem enxergado, se estivessem atentos, ao menos.
Bobagem, inútil ver.
"Onde está o seu trabalho, senhorita?", "quanto vale o que você diz?", "em que lugar a senhorita pretende chegar com este tipo de boa intenção?"
Intenção?
Por que ainda escrevo mesmo?
Esqueci de fazer sentido.
"Como confiar em alguém assim?"
Manias de perguntador.


Um comentário:

  1. "Por isso, talvez devamos retornar Às perguntas fundamentais "que deveriam acompanhar-nos sempre como sinal de uma capacidade, essa sim, comum a todos os seres humanos: a capacidade que mantém viva a pergunta precisamente porque, sabendo que não há resposta, obriga-nos a continuar perguntando" (Ferre, 2001, p.206)- (retirado adivinha onde? hehhe).

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