terça-feira, 26 de outubro de 2010

Um dia qualquer

Eu diria que hoje foi um dia "daqueles", não fosse a presença ilustre e "crônica" do meu querido Murphy! Porque quando ele não aparece, o dia não está completo. Diria mais, sem Murphy, nada feito. Não é de agora essa nossa intensa relação, só não lembro ao certo quando começou; não sei se partiu de mim a iniciativa, ou se a paixão afetou-o antes. Não sei dizer, só sei que desde sempre esse sujeitinho não me deixa em paz. Na escola, era só ser eu a jogar a bolinha de papel e lá estava o sr. Murphy me sacaneando; em casa minhas tentativas de ludibriação não funcionavam, nem febre eu costumava ter e, aí não tinha jeito, "anda pra escola, minha filha, é só uma dorzinha na garganta". Mas tudo bem, isso nem é tão grave assim e, acho que foi nesse momento que passei a notar uma leve perseguição e, assim decidi desenvolver uma estratégia, a de não falhar, não esquecer, não chegar atrasada, não entregar os trabalhos fora do prazo, não comer com roupa clara, deixar os aparelhos eletrônicos ligados em tempestades... Parecia que ia dar certo, mas ele teve saudades, não podia ser tão simples assim, um amor de tantos anos, uma relação tão sólida e duradoura. Oras, nos reaproximamos e dessa vez pra valer: Nada de estratégias, apenas não me importava mais, convivia e aceitava o seu poder sobre mim.Afinal, quanto mais eu penso(ava), mais Ele se fortalece(ia) e, isso é fato. Hoje, reflito se isso tem a ver com sorte, com perseguição, com karma, com suborno mal realizado; não sei, só sei que se eu me atrasar um segundo, não é como um atraso na vida de uma pessoa que não se relacione com Murphy, não mesmo, esse um segundo será sim usado contra mim; se eu não tiver lido o texto da aula, não se preocupe, o professor será iluminado pela ilustre presença do grande sr Murphy e a pergunta será dirigida a mim, não importa o fato de eu ter lido todos os anteriores, não há perdão ou compaixão. Falhou, tá falhado. Outros casos interessantes a que sou submetida, ou seriam testes... enfim: as poças de água e malditos motoristas enfurecidos; sol x guarda-chuva e chuva x esquecimento desse sagrado artefato dos dias chuvosos, é uma atração carnal, visceral. Decidi, diante de tudo isso, aprender  a conviver; programo-me da forma certa: se amanhã eu quiser sol, penso e me preparo pra chuva! Funciona que é uma maravilha. Pode parecer que não, mas no fundo, já nos acostumamos um ao outro e, lidamos bem com essa embativa e turbulenta relação. Eu finjo que entendo, ele finge que esquece.

Um comentário:

  1. Querida Suzi; espero que o Murphy não saia por aí procurando outras moradas. (risos)

    Gostaria de contar com seu voto para o Top Blog 2010, últimos dias. Na primeira fase fui bem votado, mas na segunda estou ficando para trás. Preciso que os amigos entrem no meu blog e clicando no selo Top Blog preencham os campos nome e email, e depois confirmem. Ainda há chance, porém, não sem sua ajuda. Agradeço desde já.

    Jefhcardoso do http://jefhcardoso.blogspot.com

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