quinta-feira, 4 de abril de 2013

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Do lado de fora um estalido doce e sonoro de gotas que afogam as mágoas das calçadas
Do lado de dentro as lembranças 
A saudade de quem fica parece árdua,
mais árdua do que a saudade de quem foi, de quem vai.
São compromissos distintos, são contratos de lembranças que se misturam ao por-vir e que pouco a pouco viram outros momentos, outros espaços.
Da perspectiva de quem vai, a ideia de quem fica é que a memória se esvai pelo mundo que se achega
O olhar, entretanto, se anuveia de cá, se anuveia de lá e ao contrário do que parece a medida da lembrança se faz distintamente, não se metrifica em verso, não se compõe em prosa.
Do lado de dentro
o estalido continua,
leve, metamorfoseando as idas, 
materializando as vindas.



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