quarta-feira, 18 de julho de 2012

Prenúncio  de um sol que se foi.
turbulência à vista
Incompreensão mútua e uma fatal ausência de tato
O olhar? de punição, desde o cantar dos orvalhos até o piar das corujas.
um questionamento:
"Faz diferença o que se pensa?"
outro questionamento:
"se é melhor quando se vai embora?"
e ainda:
"faz diferença pensar quando já não se tem o tato, o contato, o sentido?"
- Bom mesmo era dizer de tudo, ali, na hora, sem temores.
- Mas e o risco de apressadamente concluir um mundo inconcluso?
- Ah, provisoriamente.
- Evitando o caos?
- Amaciando os contextos.
- Prolongando os aprendizados?
- Construindo a experiência.
- Mas se desse, a gente entrava numa casinha de caracol e andava pelo mundo, desbravando horizontes, construindo experiências, movendo ideias, de cá e de lá.
- E iria embora quando a saturação se revelasse?
- Não sei. Talvez sim, talvez não.
- Como saber.
- Evitando o caos?
- Modalizando os dizeres.



Se eu pudesse
choveria em mim.





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