terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Debulhar-se


Rebento
Rebentas
Uma gotícula escorre por entre os veios e invoca o peito em chamas
Chamas que atravessam e que estornam os preceitos básicos
Preceitos lógicos e cansados que delineavam os corpos perfeitos
Gracejos e despejos
O corpo desdobra-se 
Revolve-se em ruídos plurais
As sombras figuram lógicas racionalmente indecifráveis
Enquanto os signos brincam de dar forma e de nomear as coisas
Como se delas fosse dono.

"- Dono não, doutor sim!"

E as sombras rodopiantes confundem os planos e expressam conteúdos inomináveis.
Culpa das chamas que envolvem e deliram todo o resto
Rebento
Rebentas
Sem tempo
.
.
.
Ainda em tempo


*Iluminura de Martha de Barros

Nenhum comentário:

Postar um comentário