domingo, 22 de maio de 2011

Pensam.

Murmúrios, falácias, palavras flutuantes, perdidas em espaços de negação,
de vácuo absoluto. Receio:
"- e se os pensamentos forem ouvidos?"
Pensamentos invadidos, excomungados, interceptados?
Receio. Perda do único lugar possível para uma espécie de liberdade,

Mundos desmoronantes, ânsias angustiadas, eróticas ideias, reflexões descontroladas,
violência imaginária, intolerância nua, crueldade em tempo real, doces e fugazes sensações renomeadas
a cada movimento ofegante de pulsação inspirante, contradições palpáveis e reais.
Espaço surreal, mundo que se dá nos infinitos sentidos e possibilidades (des)humanas.
Alívio, aconchegante sensação de poder ser esse ser mutável, paradoxal, não-linear, gritante no silêncio.
Um silêncio que se move por entre percepções aguçadas, estimuladas.

Enquanto isso, (sempre) lá fora, a naturalização do pensamento que proíbe, buscando a invasão e a anulação desses mundos possíveisque se cruzam e intercruzam no que é só, somente espaço, lugar dos desvarios
incandescentes, temores e tremores.

O receio volta, a consciência assume posturas sérias.
Olhares e sussurros: e se os pensamentos...



3 comentários:

  1. E o pensamento?


    A gente não sabe até onde a 'racionalidade' é interessante aos sentido

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  2. Gostei:) Se nossos pensamentos forem ouvidos,nossa liberdade será controlada...

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