- E se doer, não doesse?
- E se doer por não doer doesse pelo menos de outro modo?
- e se os ardores se justificassem?
- se ardessem de uma vez e pronto?
- Era tudo passageiro
- tudo de uma só vez
- sem demoras, sem promessas, sem rodeiosMas, não. Assim, não.......1+1+1+1+1+1e já
- me derreto em consciências que nem sei
- me questiono
- me doloro
- me desdobro
- me agarro em resquícios de um olhar que nem sei se tenho
- me remeto a mundos
- me posiciono diante de espelhos e minuciosamente analiso
- vejo contornos, vejo ruídos
- e vejo espaços
- espaços que o tempo mudou
- brincou de dar formas variadas
- brincou de severamente distanciar
- de pôr no esquecimento, no meio do abismo
- E se doer causasse alívio?
- E se por meio de abraços nascessem estrelas?
- e se as estrelas sussurrassem: "se dói, olha a dor e transmuta-a em saberes, em sabores e vai pelo mundo, sabendo que doestes porque doer é uma parte, é um pedaço de uma amarga xícara de um chá, de um x de questões, de olhares e mundos"
- E se fosse apreensível? E se os xizes fossem outros?
- E volto ao espelho e ele me implora: "Saboreie o saber que nasce, o olhar que adentra e que pede um lugar."
quinta-feira, 22 de março de 2012
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sábado, 10 de março de 2012
Intermitência
- A intermitência da angústia que me engole e me distorce diante de meus espelhos ex- e interiores
- o buraco gravitacional que me toca até a espinha
- quantas lágrimas discretas me rolam e se acomodam no mais íntimo de mim
- pulso em ânsia
- Penso em constâncias pra ver se atenuo a ardência de alma
- penso nas regularidades do espectro humano
- penso na física
- na quântica
- na astrologia
- penso na metrificada dor
- e me vertoE me esqueço.
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