domingo, 21 de agosto de 2011

Por uma linguística crítica?

Não faria mal estar abert@
Não faria mal estar atent@
Cairia bem uma espera que não se resumisse a
insuficiências cardíacas, a palpitações dolorosas e impulsionadoras?
Angústia
Impulso
Insistência paradoxal e autoflageladora
Escolhas
Buscas exaustivas
Dúvidas.
Totalidades discursivas inconscientes.
Vácuos, olhares viciados, remanescentes incansáveis.
Alteridades discursivas planejadas.
Não faria mal estar despert@
Não faria mal estar
Cairia bem outros olhares, outras verdades, outros discursos.

Mas são tantas certezas... e a gente se pergunta: "pra quê? por quê? pra quem?"
























terça-feira, 9 de agosto de 2011

[ ]

Dói-me.
Dó.
Tanto elas podem dizer, de tantas formas,
mas por hoje nenhuma me basta,
nenhuma faz juz ao que é dito sobre suas infindas possibilidades.
Deixo estar, deixo ao silêncio que diz quando elas hesitam
vaidosas, teimosas
distraídas.

[ ]

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Afanos contentes


Por vezes, não sinto, não sei onde estou, em que mês me encontro?
Meu espaço, antes limitado, vai vibrando como a última nota de um acorde sem fim que se evanesce no espaço.
Não vejo os cercos, não vejo o tempo que debulha os grãos, um após o outro, ora tímido, ora voraz, ora satisfeito, ora desajeitado.
Ao fundo, uma melodia sincera, umas palavras despudoradas e um solfejar que denuncia os pensamentos longos, distantes, reticentes.
Na tentativa do acalento, furto ideias, furto palavras, furto sentidos e jogo-os contra o espelho que me impede de ver o que me importa, mas que me fornece devaneios necessários, contidos, constitutivos. Volto às palavras –não minhas, é verdade - e elas me consolam, me embebedam do mais forte delírio de ser:
“Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.
Atrás do ocaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu
destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas.”*

Respiro aliviada. Meu ser já tem remédio.

* Trecho afanado de Manoel de Barros, encantante.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

glossáriospranãoseiquê

Escassos
espaços

rumores
raivosos

malditos

infames

humanos

***

Irrelevâncias
inconstâncias

Buracos
bueiros

sarjetas

macegas

ausências

***

Instâncias
instantes

Pudores
pedâncias

imóveis

despejos

inversos

***
Caminhos
certezas

delírios
dolências

Olhares

medíocres

solúveis

mutáveis